1725
SEIS POEMAS DA TERRA
Ó verde caminho de oiro
pequeno na memória
de duas lágrimas.
Bebo pelos olhos as linhas
desse caminho de vinho.
o
Terra nos joelhos
quente
até às axilas.
Terra como um mar
e montes
palmas de simplicidade bêbeda
terra nas mãos seios
de alegria.
Em pé estou de borco sobre a terra.
o
Abro os olhos
e a terra é verde.
Enlaço troncos
e o mundo é meu.
Beijo folhas
e o amor é meu.
o
Vinho contido em si mesmo
po ti bebo o vinho do teu corpo.
Bebo a terra pelos ombros.
o
É uma claridade de página
matinal.
o
Estou deitado em ti como na terra.
Respiro a suavidade dum monte.
ANTÓNIO RAMOS ROSA
SEIS POEMAS DA TERRA
Ó verde caminho de oiro
pequeno na memória
de duas lágrimas.
Bebo pelos olhos as linhas
desse caminho de vinho.
o
Terra nos joelhos
quente
até às axilas.
Terra como um mar
e montes
palmas de simplicidade bêbeda
terra nas mãos seios
de alegria.
Em pé estou de borco sobre a terra.
o
Abro os olhos
e a terra é verde.
Enlaço troncos
e o mundo é meu.
Beijo folhas
e o amor é meu.
o
Vinho contido em si mesmo
po ti bebo o vinho do teu corpo.
Bebo a terra pelos ombros.
o
É uma claridade de página
matinal.
o
Estou deitado em ti como na terra.
Respiro a suavidade dum monte.
ANTÓNIO RAMOS ROSA