sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

1294 - EFEMÉRIDES EM 31 DE JANEIRO

1294
EFEMÉRIDES

O dia 31 de Janeiro ao longo dos anos

 1891 – Levantamento militar contra o governo da Coroa

A 11 de janeiro de 1890, o governo britânico entrega a Portugal um memorando exigindo a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre Moçambique e Angola, zona que era reclamada por Portugal. O governo da monarquia portuguesa cede a esta imposição, procedimento que não agrada ao partido republicano. Considera-se que este acontecimento tenha sido a principal causa para a ocorrência, a 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, de um levantamento militar contra o governo da Coroa. As forças revoltosas, vindas do Campo de Santo Ovídio (hoje Praça da República), descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, hasteiam uma bandeira vermelha e verde, símbolo do partido republicano, ao mesmo tempo que o Dr. Alves da Veiga, uma das figuras cimeiras desta revolta, proclama o governo provisório da República. A multidão, sobe, de seguida, a Rua de Santo António, (rebatizada posteriormente para Rua 31 de Janeiro em memória desta ocorrência), em direção à Praça da Batalha, onde é sustida, com muitos mortos e feridos, pela intervenção da artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, fiel à monarquia.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

1283 - ARTE POÉTICA - VITORINO NEMÉSIO

1283

VITORINO NEMÉSIO

 ARTE POÉTICA


A poesia do abstracto?
Talvez. 
Mas um pouco de calor, 
A exaltação de cada momento, 
É melhor. 
Quando sopra o vento 
Há um corpo na lufada; 
Quando o fogo alteou 
A primeira fogueira, 
Apagando-se fica alguma coisa queimada. 
É melhor!
Uma ideia, 
Só como sangue de problema; 
No mais, não, 
Não me interessa. 
Uma ideia 
Vale como promessa, 
E prometer é arquear 
A grande flecha. 
O flanco das coisas só sangrando me comove, 
E uma pergunta é dolorida 
Quando abre brecha. 
Abstracto! 
O abstracto é sempre redução, 
Secura. 
Perde; 
E diante de mim o mar que se levanta é verde: 
Molha e amplia.
Por isso, não: 
Nem o abstracto nem o concreto 
São propriamente poesia. 
A poesia é outra coisa. 
Poesia e abstracto, não

1282 - UM CORAÇÃO QUEBRADO

1282

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

1281 - ALEM DO COSMOS COMPLETO\ 2011 DUBLADO

1281

Alem do Cosmos Completo 2011 Dublado


1280 - VEM VENTO, VARRE

1280

VEM VENTO, VARRE
 
A José  Rodriguee _Mjguéis
 
Vem vento, varre 
sonhos e mortos.  
Vem vento, varre 
medos e culpas.  
Quer seja dia, 
quer faça treva, 
varre sem pena, 
leva adiante 
paz e sossego, 
leva contigo 
nocturnas preces, 
presságios fúnebres, 
pávidos rostos 
só cobardia.
 
Que fique apenas
erecto e duro 
o tronco estreme 
de raiz funda.  
 
Leva a doçura, 
se for preciso: 
ao canto fundo 
basta o que basta.
 
Vem vento, varre!


Adolfo Casais Monteiro

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

1279 - DOC. A TERRA VISTA DO ESPAÇO (COMPLETO E DUBLADO) // NATGEO

1279

 Doc: A Terra Vista do Espaço (Completo e Dublado) // NatGeo


1278 - CLAUSTRO DA SÉ DO PORTO


1278

CLAUSTRO DA SÉ DO PORTO



1277 - FERNANDO PESSOA - SOMOS VÍTIMAS DE UMA PROGONGADA SERVIDÃO COLECTIVA

1277
Somos Vítimas de uma Prolongada Servidão ColectivaProduto de dois séculos de falsa educação fradesca e jesuítica, seguidos de um século de pseudo-educação confusa, somos as vítimas individuais de uma prolongada servidão colectiva. Fomos esmagados (...) por liberais para quem a liberdade era a simples palavra de passe de uma seita reaccionária, por livres-pensadores para quem o cúmulo do livre-pensamento era impedir uma procissão de sair, de maçãos para quem a Maçonaria (longe de a considerarem a depositária da herança sagrada da Gnose) nunca foi mais do que uma Carbonária ritual. Produto assim de educações dadas por criaturas cuja vida era uma perpétua traição àquilo que diziam que eram, e às crenças ou ideias que diziam servir, tínhamos que ser sempre dos arredores... 

Fernando Pessoa, in 'Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional' 


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

1275 - O MITO DE SISIFO

1275
O mito de Sísifo é um ensaio filosófico escrito por Albert Camus, em 1941.
No ensaio, Camus introduz sua filosofia do absurdo: o do homem em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Será que a realização do absurdo exige o suicídio? Camus responde: "Não. Exige revolta". Ele então descreve várias abordagens do absurdo na vida. O último capítulo compara o absurdo da vida do homem com a situação de Sísifo, uma personagem da mitologia grega, condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo, sendo que, toda vez que estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresist´+ivel

MITO DE SISIFO, MITOLOGIA
GREGA, ENSAIO DE ALBERTO CAMUS

sábado, 4 de janeiro de 2014

1270 - FRANZ KAFKA, IN DIÁRIO 1917, 2 AGOSTO

1270
A Pessoa de quem se Anda à ProcuraNormalmente a pessoa de quem se anda à procura vive mesmo ao lado. Isto não é fácil de explicar, temos de simplesmente aceitá-lo como um facto. Tem raízes tão profundas que não se pode fazer nada, mesmo com esforço. A razão é que nós não sabemos nada deste vizinho de quem andamos à procura. Ou seja, não sabemos que andamos à procura dele nem que ele vive na casa ao lado, mas então ele vive mesmo na casa ao lado. É claro que podemos saber isto como um facto geral na nossa experiência; só que sabê-lo não tem qualquer importância, mesmo que guardemos isso em mente. 

Franz Kafka, in 'Diário (02 Ago 1917)'

Tema(s): Busca 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

1266 - EFEMÉRIDES

1266
EFEMÉRIDES
 1961 - Inauguração oficial de um novo bairro para pessoas carenciadas na Figueira da Foz
A 1 de Janeiro de 1961, é inaugurado oficialmente, na Figueira da Foz, o Bairro Padre Américo, destinado a 20 famílas carenciadas. Construído a Norte da Rua Dr. Cordeiro Ramos, em terreno oferecido pela Câmara Municipal, foi uma iniciativa do semanário local A Voz da Figueira, que abriu uma subscrição para a qual contribuiram muitos figueirenses.


Fonte: Diário de Lisboa 13669, de 02/01/1961,