014-Dizem por aí que a moeda que usamos, o Euro, está às portas da morte. A extrema-unção já lhe foi ministrada. Uns já anunciaram o seu falecimento. e rejubilam com a demonstração europeia que aí vem; outros, mais sábios, dizem que já tinham avisado, mesmo antes do Euro nascer, que teria vida curta; que isto, assim, sem critérios de convergência rígidos, sem união fiscal e política, nunca podia chegar a bom porto. Tudo gente de vistas largas. As carpideiras do costume juntam-se em coro a enumerar factos incontestáveis; os «mercados da dívida» incendiaram Atenas ; as chamas já chegaram a Dublin e encaminham-se agora velozmente para Lisboa. Depois, chegarão a Madrid e alastrarão a Roma e a Bruxelas. É já inevitável - dizem. A coveira, a senhora Merkel, só terá de enterrar o corpo. E sobre os escombros desta Europa Social poderá nascer, então, uma Europa neoliberal. Cá para mim, que não entendo de finanças, nem tenho biblioteca, tudo isto se parece com a fábula do escorpião e da rã. Falta saber se os «investidores» e os «mercados da dívida» estão a fazer de escorpião ou de rã.
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