193-Hoje é o 31 de Agosto. Foi neste dia, o último do mês, ao qual foi consagrado o dia do "Blog", (BlogDay). Foi estabelecido que durante esse dia os blogueiros ou bloguistas de todo o mundo deverão deixar uma mensagem a todos os leitores, então aqui vai: não deixem de ler os blogs, aprende-se muito, e há blogs com muito interesse, como por exemplo "Democracia em Portugal", "Portugal dos pequeninos", "Da Tailândia com Amor e Humor" e outros, mas leiam. E se porventura acharem que tem algum interesse, o meu blog, "Sítio do Vale".
Para todos muita saúde e muitas felicidades. António dos Santos Bernardino bernardino@meo.pt
192-Uma vontade física de comer o Universo [1ªOde] Uma vontade física de comer o Universo Toma às vezes o lugar do meu pensamento... Uma fúria desmedida A conquistar a pose como que observadora Dos céus e das estrelas Persegue-me como um remorso de não ter cometido um crime Como quem olha um mar Olho os que partem em viagem... Olho os comboios como quem os estranha Grandes coisas férreas e absurdas que levam almas. Que levam consciências da vida e de si-próprias Para lugares verdadeiramente reais Para os lugares que - custa a crer - realmente existem
Não sei como, mas é no espaço e no tempo
E têm gente que tem vidas reais
Seguidas hora a hora como as nossas vidas...
Ah, por uma nova sensação física
Pela qual eu possuisse o universo inteiro
Um uno tacto que fizesse pertencer-me,
A meu ser possuidor fisicamente,
O universo com todos os seus sóis e as suas estrelas
E as vidas múltiplas das suas almas... Álvaro de Campos
191-"Nem só de pão vive o homen". Parece ser um conceito ou um princípio que vem já dos tempos do cristianismo primitivo. Para mim alimentar o espírito é quase tão importante como alimentar o corpo. Quando vivia em Lisboa tinha uma vida cultural muito intensa. Tinha o CCB, tinha a Gulbenkian, tinha os Museus, tinha os Teatros, os cinemas, as Galerias de Arte, tinha os Concertos.
Com a mudança para o Fundão perdi tudo aquilo a que estava habituado, mas graças às novas tecnologias posso trazer para casa muito daquilo que tinha em Lisboa. Posso ver, no conforto do sofá, e com som multi canal, (cinema em casa), uma ópera, um bom filme, um bom concerto de música clássica que tanto pode ser a "Nona Sinfonia" de Beethoven como pode ser o "Requien" de Mozart. Tanto posso ver o bailado "O Lago dos Cisnes" como "O Quebra-nozes", de Tchaikovsky. Posso ver de tudo um pouco incluindo os vários documentários versando os mais variados temas.
Normalmente é nos fins de semana aos Sábados e Domingos que me apete rever qualquer coisa que já não vejo hà muito tempo.
Hoje apetece-me rever o filme "My Fair Lady", de George Cukor, com Rex Harrison e Audrey Hepburn, de 1964, filme que eu vi em estreia e em 70 mm, no saudoso cinema Monumental, e que os patos-bravos deitaram abaixo. Nesse mesmo ano (1964) tinha eu acabado de regressar de Timor.
Mas comecemos pelo princípio: Interpretação do mito. O mito de Pigmalião, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares e colectivas.
Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmalião ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.
Clemente de Alexandria relata outro mito parecido, de uma estátua de Afrodite em Cnido pela qual um homem se apaixona, e com quem ele tem relações sexuais.
A versão mais antiga da lenda está em Ovídio, em sua obra Metamorfoses. A lenda de Pigmalião tem atraído vários artistas. O nome da estátua, depois que ela vira mulher, Galathea, não é encontrado nos textos antigos, mas aparece em representações artísticas modernas do mito. Uma versão moderna da lenda é a peça de Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady, em que, em vez de uma estátua transformada em mulher, temos uma mulher do povo tranformada em mulher da alta sociedade. A peça é também um musical e um filme.
188-os crentes de passos, devem estar por esta altura a digerir os sapos, passos, é igual ao sócrates, talvez para pior, se tal é possível.
o filho da política que chegou ao poder jurando que reduziria a dívida pela redução da despesa e nunca pelo aumento da receita, nada mais fez do que carregar o povo de impostos e cortar-lhe os benefícios para os quais descontou do rendimento do seu trabalho, não há imposto que não aumente, nem apoio social que não reduza. quanto a uma qualquer efectiva redução da despesa, foi para a gaveta, tal como o socialismo de soares.
do senhor silva, a férias no condomínio bpn na coelha, deve ter-se esquecido do povo, não se houve agora uma palavra sobre os limites dos sacrifícios.
esta malandragem acomodada nos partidos desde julho de 1976, dividiu a falência desta pocilga em partes quase iguais, os ditos socialistas governaram 17 anos e os mais à direita 19, a meias, transformaram um povo honrado e digno, numa horda de pedintes, espoliados dos seus bens e dignidade por uns milhares de merceeiros, banqueiros, e marginais escondidos nos corredores dos partidos.
tempos duros para quem trabalha
o país não mudará enquanto os sacrifícios recairem apenas nas pessoas que trabalham ou são reformadas. são políticas de empobrecimento geral e colectivo. quem ganha menos compra menos, consequentemente quem produz, vê-se obrigado a reduzir a actividade, os sacrifícios são apenas para os mais débeis e pobres, os poucos quew exercem uma qualquer actividade. os boys continuam bem instalados, os municípios são 308, as confrarias de institutos observatórios, fundações e outras entidades públicas são intocáveis e, em concreto, as políticas deste e anteriores governos, é entregar o património público a privados pagando para isso (o bpn é exemplar) enquanto contam estórias para adormecer boi.
o povo merece os sócrates e os passos que vai tendo.
AC Tanta despesa inútil que podia acabar
Além dos 27 milhões por ano que se podia poupar pela eliminação dessa inutilidade funcional que se chama Presidente da República, porque assim de repente e que me lembre a França não tem disso, o Brasil e os Estados Unidos também não e vivem felizes (muito mais). Também se poderiam poupar uns milhões, anulando por completo o ministério da Defesa Nacional, incluindo o respectivo ministro.
A recente evolução política demonstra bem que as ameaças a que Portugal está sujeito, estão muito longe de consistir numa invasão militar por forças inimigas, mas sim num ataque monetário e financeiro liderada pelas agências de rating e outros inimigos do euro, que pode causar a destruição da vida de inúmeros portugueses.
Sua excelência o Ministro descobriu recentemente uma utilidade para aquele ministério na prevenção e ataque aos incêncios florestais o que pode perfeitamente continuar a ser efectuado pelos bombeiros reforçando-os com 10% do que se gasta agora, no referido Ministério.
Saberão mais do assunto que todo o almirantado e genelarato juntos e ganham muito menos.
A Madeira tem muito património, graças a Deus, o património que a Madeira tem é mais do que suficiente
para cobrir muitas vezes a sua dívida, o problema é liquidez e nós precisamos, urgentemente, dessa liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso, para poder terminar as obras que estão em curso.
Prepara-se para vir buscar dinheiro a essa gente do contenente, vulgarmente conhecidos como cubanos. Eu sugeria que vendesse qualquer coisa do vasto património madeirense, por exemplo o estádio que ele reconstruiu para oferecer ao seu marítimo.
No final da batalha,
e morto o combatente, aproximou-de dele um homem
e disse-lhe: «não morras, amo-te tanto!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Aproximaram-se dele dois e repetiram-lhe:
«não nos deixes! Coragem! Volta à vida!»
Mas o cadáver, aí!, continuou a morrer.
Acudiram-lhe vinte, cem, mil, quinhentos mil,
clamando: «Tanto amor, e não poder nada contra a morte!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Milhões de indivíduos o rodearam,
num pedido comum: «Não nos deixes irmão!»
Mas o cadáver, alí, continuou as morrer.
Então, todos os homens que há na terra
o rodearam; viu-os o cadáver triste, emocionado;;
Soergueu-se lentamente,
abraçou o primeiro homem. E começou a andar ...
184-Sem Privação Não Há Felicidade O animal humano, como os outros animais, está adaptado para uma certa luta pela vida e quando, graças à sua riqueza, o homo sapiens pode satisfazer todos os desejos sem esforço, a simples ausência de esforço na sua vida afasta dele um elemento essencial de felicidade. O homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente apenas um desejo moderado, conclui que a realização do desejo não dá felicidade. Se tem disposiçãp para a filosofia, conclui que a vida humana é essencialmente desprezível, pois o homem que tem tudo o que precisa ainda assim é infeliz. Esquece-se de que privare-se dalgumas coisas que precisa é parte indispensável da felicidade.
182-Segundo uma notícia no Público, morreu hoje, 15 de Agosto de 2011, com 85 anos, o guitarrista José Fontes Rocha que acompanhou Amália Rodrigues durante vários anos, pois era um dos seus guitarristas. São de sua autoria os versos desta canção "Trago o Fado nos Sentidos".
Trago fados nos sentidos Tristezas no coração Trago meus sonhos perdidos
Em noites de solidão Trago versos, trago sons, De uma grande sinfonia Tocada em todos os sons Da tristeza e da agonia Trago amarguras aos molhos Lucidez e desatino Trago secos os meus olhos Que choram desde meninos Trago noites de luar Trago planícies de flores Trago o céu e trago o mar Trago dores ainda maiores
180-Para quem não conhece ou que nunca lá esteve aqui deixo um cheirinho das belezas naturais do Parque Peneda/Gerês. Se ainda não conhece posso garantir-lhe que vale a pena uma visita.
Veja este vídeo com o ecrã cheio. Clique duas vezes no vídeo e entre no YOUTUBE.
Após a primeira vaga da destruição da estrutura de subsistência nacional - sobretudo pescas, agricultura e indústria - pela banda de ladrões da oligarquia cavaqueira, temos agora a destruição do que restou. Está assim garantida a miséria do país por mais de um quarto de século se tudo correr pelo melhor, assim como a dependência completa dos países que vierem a investir nos despojos nacionais.
No país com mais baixa produtividade, a crise e a miséria não se vão em meia dúzia de anos, sobretudo com a persistente destruição e desbarato dos meios de produtividade.
O Cavaco desgraçou o país. Comparável ao Mubarak, ainda que a outro nível bem diferente, mas não é julgado. Porquê? Pela mesma razão que o Mubarak também não foi julgado durante décadas, mas o povo egípcio conseguirá justiça e o português não por ser mais carneiro. Ridículo: o presidente rasca escolhe o meio mais rasca para escrever aos rascas: o Facebook. Não quer falar como devia? É o presidente do Facebook. E recomenda. Que calibre!
Parece que todos se esqueceram de que o Cavaco e a filha são dois benefiários directos dos desfalques do BPN que NÓS estamos e vamos terminar de pagar enquanto eles e os outros guardam os lucros do que nos roubaram. Para recordar os esquecidos, vejam-se as notícias da altura no Jornal de Notícias e no I Online. Disse que não o repitiria, mas não devolveu o que roubou.
177-O sol é grande, caem co´a calma as aves,
do tempo em tal sazão, que sói ser fria;
esta água que d´alto cai acordar-m´-ia
do sono não, mas de cuidados graves.
Ó cousas, todas vãs, todas mudaves,
qual é tal coração qu´em vós confia?
Passam os tempos vai dia trás dia,
incertos muito mais que ao vento as naves.
Eu vira já aqui sombras, vira flores
vi tantas águas, vi tanta verdura,
as aves todas cantavam d´amores.
Tudo é seco e mudo; e, de mestura,
também mudando-m´eu fiz doutras cores:
e tudo o maia renova, isto é sem cura!
Sá de Miranda
1481-1558
Obras Completas - volume 1
Francisco de Sá de Miranda; texto fixado, notas e prefácio de Rodrigues Lapa
Livraria Sá da Costa Editora
175-Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.2
Fernando Pessoa 2-Renascença, Lisboa 1919
Do vale à montanha
Do vale à montana,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados.
Por quinta e por fonte,
Caminhais aliados.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
174- Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas tu não. Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se mascaram mas tu não.
Canta o padre Fanhais
Porque os outros se calam mas tu não Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão empre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não Sophia de Mello Breyner Andresen
173-"A ESPERANÇA É O SONHO DO HOMEM ACORDADO" Quem disse isto, e já passaram muitos anos, foi um homem que nasceu no ano de 384 a.C., em ESTÁGIRA, então encravada num reino chamado Macedónia. Chamava-se esse homem ARISTÓTELES e foi um dos maiores filósofos de todos os tempos. (384-322). De noite, quando sonho, sonho que posso movimentar-me à vontade, é como se o AVC nunca tivesse existido, mas de manhã, quando acordo, volto ao sonho de Aristóteles e lá se foi a esperança. Mais valia que tivesse nascido contemporâneo de Aristóleles, hoje não estava a pensar em AVCs.