186-MASSA
No final da batalha,
e morto o combatente, aproximou-de dele um homem
e disse-lhe: «não morras, amo-te tanto!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Aproximaram-se dele dois e repetiram-lhe:
«não nos deixes! Coragem! Volta à vida!»
Mas o cadáver, aí!, continuou a morrer.
Acudiram-lhe vinte, cem, mil, quinhentos mil,
clamando: «Tanto amor, e não poder nada contra a morte!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Milhões de indivíduos o rodearam,
num pedido comum: «Não nos deixes irmão!»
Mas o cadáver, alí, continuou as morrer.
Então, todos os homens que há na terra
o rodearam; viu-os o cadáver triste, emocionado;;
Soergueu-se lentamente,
abraçou o primeiro homem. E começou a andar ...
César Vallejo
No final da batalha,
e morto o combatente, aproximou-de dele um homem
e disse-lhe: «não morras, amo-te tanto!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Aproximaram-se dele dois e repetiram-lhe:
«não nos deixes! Coragem! Volta à vida!»
Mas o cadáver, aí!, continuou a morrer.
Acudiram-lhe vinte, cem, mil, quinhentos mil,
clamando: «Tanto amor, e não poder nada contra a morte!»
Mas o cadáver, ali, continuou a morrer.
Milhões de indivíduos o rodearam,
num pedido comum: «Não nos deixes irmão!»
Mas o cadáver, alí, continuou as morrer.
Então, todos os homens que há na terra
o rodearam; viu-os o cadáver triste, emocionado;;
Soergueu-se lentamente,
abraçou o primeiro homem. E começou a andar ...
César Vallejo
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