191-"Nem só de pão vive o homen". Parece ser um conceito ou um princípio que vem já dos tempos do cristianismo primitivo. Para mim alimentar o espírito é quase tão importante como alimentar o corpo. Quando vivia em Lisboa tinha uma vida cultural muito intensa. Tinha o CCB, tinha a Gulbenkian, tinha os Museus, tinha os Teatros, os cinemas, as Galerias de Arte, tinha os Concertos.
Com a mudança para o Fundão perdi tudo aquilo a que estava habituado, mas graças às novas tecnologias posso trazer para casa muito daquilo que tinha em Lisboa. Posso ver, no conforto do sofá, e com som multi canal, (cinema em casa), uma ópera, um bom filme, um bom concerto de música clássica que tanto pode ser a "Nona Sinfonia" de Beethoven como pode ser o "Requien" de Mozart. Tanto posso ver o bailado "O Lago dos Cisnes" como "O Quebra-nozes", de Tchaikovsky. Posso ver de tudo um pouco incluindo os vários documentários versando os mais variados temas.
Normalmente é nos fins de semana aos Sábados e Domingos que me apete rever qualquer coisa que já não vejo hà muito tempo.
Hoje apetece-me rever o filme "My Fair Lady", de George Cukor, com Rex Harrison e Audrey Hepburn, de 1964, filme que eu vi em estreia e em 70 mm, no saudoso cinema Monumental, e que os patos-bravos deitaram abaixo. Nesse mesmo ano (1964) tinha eu acabado de regressar de Timor.
Mas comecemos pelo princípio: Interpretação do mito. O mito de Pigmalião, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares e colectivas.
Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmalião ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.
Clemente de Alexandria relata outro mito parecido, de uma estátua de Afrodite em Cnido pela qual um homem se apaixona, e com quem ele tem relações sexuais.
A versão mais antiga da lenda está em Ovídio, em sua obra Metamorfoses. A lenda de Pigmalião tem atraído vários artistas. O nome da estátua, depois que ela vira mulher, Galathea, não é encontrado nos textos antigos, mas aparece em representações artísticas modernas do mito. Uma versão moderna da lenda é a peça de Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady, em que, em vez de uma estátua transformada em mulher, temos uma mulher do povo tranformada em mulher da alta sociedade. A peça é também um musical e um filme.
Segue- o vídeo com um excerto do filme.
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