sábado, 1 de outubro de 2011

216-Cavacos, Cavaquinhos e Cavacões e outros Cagalhões

216-"O que mais preocupa não é o grito dos violentes, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráctcer, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons!". Martin Luther King
                              
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Há por aí uns bons f. da p., começando por esse f. da p. da Madeira,  e esse (o presidente rasca) que escolhe a maneira mais rasca para escrever aos portugueses: o "Facebook". Dizem que os culpados da crise são sempre os outros, eles são sempre os bons da fita. Vejamos então:
    Do Metro de Lisboa e Porto à CP, as empresas públicas de transportes devem mais de vinte mil milhões de euros. Há pessoas que acreditam - concedo que não estão de má fé - que tudo isto se deve a um só governo - o anterior, como há pessoas que acreditam que uma senhora da mitologia católica apareceu, num descampado, em cima de uma oliveira. Quem quer olhar para estas coisas a sério, sabe a grande aposta nas auto-estradas, ou seja, a aposta no carro contra os transportes colectivos, é obra dos governos de Cavaco Silva entre 1985-95. Joaquim Ferreira do Amaral, ministro das Obras Públicas e Transportes da época, é considerado, na Wikipédia, «o artifície das auto-estradas portuguesas». E todos conhecemos, por exemplo, a sumptuosidade das estações do Metro de Lisboa da expansão iniciada no começo dos anos 90. A estação de Orientee tem a intervenção  dos artistas plásticos António Segul, Artur Boyd, Erro, Hundertwasser, Yahou-Kussuma, Joaquim Rodrigo, Abdoulaye Konaté, Sean Scully, Raza, Zao Wou Ki, e Magdalena Abaka. Tudo em grande. E a monumentalidade calatraviana do apiadeiro ferroviário do Oriente, no Parque  Expo? Fontismo puro e duro com o dinheiro que chegada , a rodos, de Bruxelas. Com esta política  do final dos anos 80, começo dos de 90, queriam que as empresas públicas de transporte dessem lucros? O criador de todos os monstros anda, agora, a dissertar sobre o encanto das vaquinhas nos Açores, como se não tivesse a menor responsabilidade nisto tudo. O pecado original  na política de tranportes, no sufoco ferroviário a favor do carro, e nos gastos à grande e à portuguesa, encontra-se no «modelo de desenvolvimento» definido após a entrada na União Europeia, nos anos de 85 a 95. O resto é conversa fiada!

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