terça-feira, 31 de janeiro de 2012

352-.MARIA JOÃO PIRES*

352-Não podiamos acabar melhor o último
post do mês de Janeiro:
         Maria João Pires
    Interpretando o "Adágio" de Mozart
             Concerto nº.23
         Orquestra Gulbenkian
         

351-EFEMÉRIDES NO DIA 31 DE JANEIRO DE 2012

  • 351-No dia 31 de Janeiro de 1891, nasce, em São Vicente, Cabo  Verde, o  poeta português Luís Montalvor, pseudónimo Luís da Silva Ramos. Pertenceu ao grupo modernista, tendo sido um dos fundadores da Revista Orfeu.
  • A 31 de Janeiro de 1964, estreia, no cinema Condes, o filme português Aqui há fantasmas, baseado numa farsa em dois actos da autoria de Jorge de Sousa, pseudónimo de Henrique Santana. Numa altura em que em Portugal  já se rodavam filmes a cores, o anúncio a esta película, inserido no Diário Popular de 31 de Janeiro de 1964, ironizava, dizendo que o filme tinha sido produzido a duas cores: a preto e branco! Parteciparam nesta película, entre outros, Henrique Santana, Carmen Mendes e Eugénio Salvador.
Fonte: Diário Popular nº. 7051, de 31-01-1964, 22º ano de publicação, p.5

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

348-Sylvie Vartan*

   348Festival da Canção de 1964
           A bela e jovem 
            Sylvie Vartan
  em, "La  Plus Belle Pour Aller Danser"

















347-A MELHOR MÚSICA INSTRUMENTAL*

347-Às vezes utilizo o meu blog como giradiscos.
Como tenho muitos vídeos de música, vou
saltando de vídeo em vídeo até me apetecer.
E então fico encantado quando à boa música
se assossiam belas imagens como é o caso do
video que se segue:

1 - Pequena serenata nocturna
2 - Primavera
3 - Aleluia Ao Messias
4 - Carmen
5 - Quebranozes
6 - Bolero

Sugestão: carregar duas vezes
no vídeo, entrar no "youtube"
e ver com o ecrã cheio.

sábado, 28 de janeiro de 2012

346-GOMES LEAL

346-As aldeias
Eu gosto das aldeias sossegadas.
com o seu aspecto calmo e pastoril.
erguidas nas colinas azuladas.
mais frescas que as manhãs finas de Abril.

Pelas tardes das eiras, como eu gosto
de sentir a sua vida activa e sã!
Vê-las na luz dolente do sol-posto.
e nas suaves tintas da manhã!...

As crianças do campo , ao amoroso
calor do dia folgam seminuas
e exala-se um sabor misterioso
de agreste solidão das suas ruas.

Alegram as paisagens as crianças
mais cheias de murmúrios do que um ninho:
e elevam-nos às coisas simples, mansas,
ao fundo, as brancas velas dum moinho.

Pelas noites de Estío, ouvem-se os ralos
zunirem nas ruas notas sibilantes...
E mistura-se o uivar dos cães distantes
com o cântico metálico dos galos.

Gomes Leal, Claridades do Sul

345-FADOS*

345-Carlos do Carmo
e Marco Rodrigues

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

344-cavacos, cavaquinhos, cavacões e outros cagalhões

344-"quando a tormenta é grande é que se vê a fraqueza das naus, ou, parafraseando Álvaro de Campos, também eu prefiro estar sentado, a viajar, já que este é um tempo soberbo para se estar de poltrona. É público o desprezo que nutro pelo Cavaquismo e pela sua figura inspiradora, um saloio dos interiores do Algarve, que atirou Portugal para fora da Oportunidade Europeia, incarnando, mais uma vez aquele velhos atavismos que fizeram como que se ficassam a roncar, no banco da estação sempre que os comboios da História passavam por nós.
Politicamente, não me apetece ter fazer elaboradas conjecturas.
Há uns meses, escrevi que gostaria de ver Sócrates face a Cavaco, nestes momentos finais da agonia. Confesso que os derradeiros desenvolvimentos me levaram a afirmar a posição,  nas deformações de carácter a considerar que o palco é agora ocupado pelos justos actores, se excluirmos algumas figuras menores, os chamados "figurantes", como Passos Coelho, Portas e outros de que ainda não sei os nomes.
Na realidade, tal como uma mão lava a outra, e já que estamos na Dramaturgia, diria que o segundo Cavaquismo, em que estamos enterrados até ao prepúcio, é a catarse do Primeiro, que soube ser histriónico, e pensava ir sair impoluto, mas teve o azar de os ciclos e contraciclos do Devir fazerem suceder-se o tempo da farra e o a da punição.
Naqueles manuais de retórica política e económica, que ninguém lê, ou lê tanto como os suplementos do "Expresso", costuma dizer-se que os períodos socialistas estão associados ao despesismo, e os períodos conservadores ao repor das reservas. Cá costumou ser o contrário, com as breves ADs a destruírem o pouco que havia, e os Socialistas a conterem, até se revirar tudo, com Guterres e Sócrates, e estes gajos, os jovens turcos de junho, a apanharem, agora, com uma experiência realmente europeia. Na verdade, o mal inicial, o conservadorismo cavaquista, uma espécie de neosalazarismo de gente pobre de espírito e horizontes, a tal época em que os Fundos Estruturais choviam em Portugal, para que nos alinhássemos com a marcha europeia, foi um dos mais espantosos períodos de pilhagem a que assistimos, na nossa História. Bastava folhear semanalmente o defunto "Independente", para ver como a coisa crescia. Creio que seria necessária uma década, duas, três, para que um batalhão de investigadores, muitos deles com formação policial e, mesmo, forense, conseguisse elaborar o manual completo da Arte de Roubar, durante Cavaco  É certo que o era "hónesto", e nunca espoliou, apenas deixou que todos os outros roubassem por ele, ao ponto de, depois, lhe fazerem uns jeitos" que lhe estão mais nas deformações do carácter do que o espírito do furto. São coisas poucas, o também traduz a menoridade do cúmplice, já que os pequnos calotes das acções do BPN, da concessão da Praia da Patrícia, na Costa, a Quinta da Coelha, e umas parvoíces afins, tão ao gosto de uma certa esquerda da Festa do "Avante", são ninharias, mais reflexo de uma estrutura mental, e de rapina, menor, do que os verdadeiros casos. Ninguém precisaria de nascer duas vezes para lhes os apontar, porque lhes são inatos, genéticos, e inoperáveis, mas eu preferia voltar ao Teatro, já que, neste período de Tragédia, até as heráldicas dos Hemiciclos foram recuperadas. Enquanto Dias Loureiro, um criminoso, com ligações internacionais a tudo o que é sórdido, e protagonista de uma coisa semelhante à que atirou com uma pena de 150 anos de pena, para Madoff, se passeia impunemente pelas ruas de Cascais, à espera dos dias de caçada com Abdul Rhaman el-Assir, às quais, desta vez, Kadhafi e os filhos já não irão, ah... nem Duarte Lima, outro dos escroques do Primeiro Cavaquismo, já surgido na forma Besta, no Segundo, ou a Beleza, Presidente da Fundação for the Unkwown, ou em bom Português, Presidente da Fundação do Sabes Muito.
Abrindo, os esboços de personagens do Primeiro Cavaquismo, tal como a crisálida antecede a borboleta, surgem, no alvor do Segundo, como tipologias criminosas bem delineadas, que só a passividade de um Povo que continua a ver o solzinho a dançar nos brincos do Cristiano Ronaldo, foi incapaz de levar à barra do Tribunal. Acontece que a justiça tem vários patamares, e esta sistemática fuga aos palcos forenses básicos está, progressivamente, a ser substituída por uma espécie de grande julgamento da história.
Em Angola, de onde brevemente virá a segunda maré de retornados, onde um povo desgraçado é governado por uma família de criminosos, ao nível dos visitantes das cadeiras de Haia, e começou agora a ser esbulhado por uma segunda maré de milhafres, de todas as nacionalidades, uma espécie de Macau do Clã Soares, e Melancia, na fase terminal, ri-se, nas ruas, sobre a forma como 40 000 000 de euros taparam um calote de 9 000 000 000, ou seja, como o "banco" deu ao "preto" Mira Amaral um "banco", de mão beijada.
A "Troika", essa entidade mítica, constituída pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo, não consubstancial com Ricardo Salgado, como foi provado no Concílio de Calcedónia, em 451, incarnou, muito à Aristófanes, aquele pedido de duas medidas por um dia. Acontece que as medida são asneiras de todo o comprimento, e nunca se assistiu a um tal jorro de disparates. Menos dionisíaco, Cavaco,  o pai e avô disto tudo, mostra que estamos mesmo, nos degraus de Epidauro, ou no Teatro de Herodes, Ático, já que raramente vem a público, e fala atrás de uma máscara, o "Facebook", que seria estranha  a Ésquilo, mas não nos é a nós: é o rosto tecnológico da cobardia, do político que sabe que pode cair na rua, como Américo Thomaz e Marcello Caetano caíram, em 74, que transpira das mãos, com medo dos atentados, e fazia deslocar numa viatura blindada (!), coisa que nem Salazar, que tinha a alma bem pesada, sentia necessidade de fazer.
Depois do "facebook" do mestre, vem o epígono, um fraco Séneca, chamado Passos Coelho, que nunca devia ter passado dos "castings" do La Féria, onde ia tentar um papelzito de marialva, apreciador de sexo anal, a única linha que pode unir as "Doce" dele à Laura e a uma coligação com conhecido pederasta português, cujo nome não ponho aqui, porque é um dos nossos mais brilhantes oradores e demagogos. Ou seja, se o Primeiro Cavaquismo foi roto, o Segundo é mais apertadinho, e dominado por um certo esfincter, a que chamam "Contenção", uma doutrina apregoada por um aluado, debaixo da influência de substâncias, que parece uma sebenta de Economia falhada, a falar. Troca Heyek com Keynes, até ao dia em que perceber o que o segundo afirmava, sobre a "poupança": "se todos - Famílias, empresas e governos - começarem a tentar aumentar as suas poupanças ao mesmo tempo, não há forma de evitar que a economia caia até que as pessoas sejam demasiado pobres para poupar".
Creio que keynes nunca ouviu falar de Portugal, como Vítor Gaspar, essa figura de "vaudeville" sabe o que seja um País: "Durante a noite, Procrusto procuraca adequar o viajante à cama escolhida serrando os pés dos que optavam pela cama pequena ou esticando os que escolhessem a cama grande". Simplificando, para evitar a erudição, o manual de cozinha  do "génio" é muito elementar, sobretudo para mim, que fiz "Economia" a copiar, nos anfiteatros do IST: ou se gasta, ou não se gasta; quando alguém gastou, a melhor maneira é de ir buscar aos bolsos dos outros aquilo que já desapareceu. Como aquilo já desapareceu faria enevitavelmente fazer rolar cabeças políticas, põe-se um ar de cátedra, e fala-se ...de inevitabilidade. A inevitalidade, meus amigos, é ir, agora, desentocar, um a um, os biltres que puseram Portugal neste estado,ou, por outras palavras, aproveitar a desvergonha e os holofotes que estas figuras do primeiro Cavaquismo ganharam, com o Segundo, para se proceder a um breve desafogar do cenário.
Só um povo que se pode reler da prosa do Feio, de Saramago, admitia que lhe "cortassem as gorduras".
Cortem antes as gorduras do Clã Ferreira do Amaral, do Mega Ferreira, do Deus Pinheiro , do "Comendador", do Soba da Madeira e de tantos outros, que transformaram isto na chacota da Europa.Tudo, ou quase tudo o que os Filandeses precisam de saber sobre Portugal está entre entre 1985 e o "Diploma" de 2007, ou, geograficamente, entre a Quinta da Marinha e a Quinta da Coelha, passando pelo "Eleven" e o Vale do Ave, ficam de fora, propositadamente, as célebres expropriações milionárias do IP5, já que muitos dos velhos juízes concelheiros de 80 e 90 anos já deverão, entretanto, ter morrido. Ficam os Júdices, os Proenças de Carvalho e os da Relação.
Isto é penoso Aristófanes, sem quaisquer palavras, ou humor. Para que o"vaudeville" possa passar a musical, devia-se derreter a figura de cera da Senhora de Mota Amaral, e fazer uma vela em forma das Caldas, com a cara e os pintelhos louros da nuca, da Lady Gaga, Sunsum Esteves, da Opus Dei.
Creio que Outubro será uma boa estação para a...limpeza, para evitar que como em Shakespeare, entremos no inverno, amarguradamente mergulhados no nosso pior descontentamento."

                                         -------------------

(Quaternalíssima trindade, no "Arrebenta-SOl", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "Braganza Mothers")
Arquivado em: Dias Loureiro, Geração Cavaco, Aníbal de Boliqueime: patriarca da corrupção desde 1985, Cavaquistão

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

342-MARIA CLARA*

342-Maria Clara, com Maria de Lurdes Resende e outras, foi uma das
primeiras artistas a cantar na Rádio e no teatro, ficou famosa a
sua interpretação em "A Costureirinha da Sé". Maria Clara, morreu
no Porto, em 2009, com 85 anos.

sábado, 21 de janeiro de 2012

341-MÚSICA DA GALIZA

341-Luar Da Lubre - na voz de Paula Rey
                       "Tu Gitana"

340-Pra ler devagar

340-"Vamos agora para a parte alegórica, onde tanto se encaixa o ternurento episódio das abóboras. Acontece que, em períodos de enorme turbulência, a evocação da abóbora é sempre prenúncio de tempestade próxima: com Bordalo Pinheiro era a representação canónica do rei Carlos, que acabou, algo injusta, e cobardemente, mal; "Cabeça de abóbora", por seu lado era a alcunha oficial  oficial de um paraoligofrenético, que fazia o mesmo papel do Cavaco, no Estado Novo: era reeleito, para fingir que estava lá, e a única prova de inteligência do corta-fitas, a de, consta, se rir imenso das anedotas que corriam sobre si, esgotava-se aí, sendo uma forma de tédio e do nível de indecoro a que chegara o mais alto cargo da hierarquia republicana.
Em redor de Américo Thomaz, e vou ter de ir consultar a Wikipédia... ah, sim, era casado com a "Dona Gertrudes", a Maria Cavaca dele, e procriado na Natália, dois nomes que, como a Patrícia  e a Perpétua nos afastam ostensivamente do séc. XXI, e nos atiram para os tempos empoeirados da Madame Bettancourt, do Largo da Misericórdia.
Começa-se a perceber por que rejeitei a figura do defenestrado, do Kaos.
O defenestrado a defenestrar é o descrito atrás, "uma coisa", em estado pré-catalético, que pensou que ser Presidente da República era mais uma simples linha a acrescentar ao seu currículo mediano, de quem chegou ao topo da base, a mais não aspirava.Armadas, coisa de que esqueceu, na sua miserável contabilidade de locatário da Quinta da Coelha, e  ao vexar os militares, a quem, hoje, mais uma vez,  cobardemente, virou as costas, para ir falar de abóboras, no Alentejo, vexa todo o povo Português, a Nação em que, para o bem e para o mal, se constituiu, no séc. XIII, e foi restaurado, no dia 1 de Dezembro de 1640.
O que devem fazer as tropas, a um comandante que cobardemente lhes vira as costas? ...
Para que o texto não seja sombrio, e haja um pouco de Ciência, e de Matemática, a mãe de todos os conhecimentos, nestas graves linhas de acusação, basta ir ao bem organizado espaço da Comissão Nacional de Eleições , e fazer, como eu fiz, as contas: entre eleitores, com direitro a voto, brancos,nulos, e naqueles que o rejeitaram laminarmente, votando no que quer que fosse, para recordar a "Sua Excelência", que ocupa a residência de Belém, que só lá está por vontade expressa de 10 % (!) de Portugueses contra o ódio, o asco e a saturação de 90 %  dos restantes. 
Se estes números não lhe dizem nada, dizem a mim, que odeio contas mas ainda percebo o sentido axiomático de certos números. Sr. Aníbal, neste momento, o senhor já não representa nada, nem a si mesmo, mas tão só um lúgubre episódio da sua biografia degenerada.
Sabemos que gosta pouco de se pronunciar, aliás, nunca se pronuncia sobre nada, a não ser vacas, anonas e abóboras. Gostaria de que se pronunciasse ter um país inteiro a mandá-lo à m****,mas suponho que ande mais preocupado com os seus presépios deste mês.
Quer um concelho?
Saia, antes de que seja forçado a sair: as tropas que comanda têm o dever se salvaguardar o que ainda reste de dignidade nacional, e não estão aqui para garantir que os milhares de milhões que os seus amigos têm nos "offshores", que nos desgraçaram, estejam fora das novas fronteiras que a Corrupção criou neste país. Nem isso são fronteirtas, nem a instituição militar  deve colaborar nessa desautorização de 900 anos de História.
Que os próximos tempos lhe sejam ferozmente aziagos, é o meu mais sincero desejo, e olhe que é sincero, porque o desprezo que por si nutro dura desde o primeiro dia em que ouvi pronunciar o seu nome.
É ódio antigo, e daqueles que cresce na proporção exata da vingança que se quer servida em prato frio.
Arquivado em: Cavaco Silva, BPN, 20 anos à frente da destruição de Portugal, 20 anos a envergonhar Portugal, Militares, Limpeza  Geral, Indignados, Vergonha Nacional, 1º. de dezembro."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

339-Carlos do Carmo*

339-Carlos do Carmo - Gaivota

338-Fernando Pessoa

338-.Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado em narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

 Fernando Pessoa

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

337-Augusto Branco - C. Pascarella

337-Um falso amigo deixará que tu sigas livremente por qualquer direcção. Apenas os amigos verdadeiros farão advertências, por que quem ama de verdade critica e se preocupa, tal modo que sempre te apontarão os obstáculos, as limitações e o abismo no final do caminho, enquanto o falso amigo se regozijará de ver-te tropeçando e caindo no precipício.

Augusto Branco

No mundo, nesse bosque de assassinos,/ queres saber quem são os verdadeiros amigos? / Queres saber quem são? São os tostões.

C Pascarella

336-Beatriz Brum

336-Amigos de verdade ?

Amigos de verdade não sei se tenho,
Acredito na amizade verdadeira,
Mais no momento ela me falta!
Sinto saudade do que acontecia ...
Conversas paralelas, discuções repentinas,
Gargalhadas gostosas, abraços apertados,
Risos sem graça, choros desesperados ...
Ah, meus amigos...
Diziamos frases feitas, mais no fundo eram mais que verdade...
Um simples: "EU TE AMO" se tornava uma grande declaração...
Em momentos de desespero era deles, só deles o meu tempo...
Não tínhamos medo da má interpretação dos outros.
Saudades de todos os olhares perdidos,
Porém encontrados por amigos de verdade.
Sei que com o tempo ficaremos perdidos entre si.
Quando nossos filhos perguntarem: 
 - Quem são essas pessoas?

Com muita saudade, porém orgulho, responderei:
 - São meus velhos amigos"
Com o tempo o contacto será mais difícil
Porém em pensamentos estaremos sempre perto!

Beatriz Brum

335-Larusso - Madre Tereza de Calcutá


335-Amizade

Nós só percebemos que a amizade é verdadeira, quando precisamos de uma mão do amigo e ele nos oferece as duas.

Larusso

Se você é..

Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns amigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você mesmo.

Veja você que, no final de tudo
Será você ... e Deus.

E não você e as pessoas!

Madre Tereza de Calcutá

334-ntónio Ademir Fernandes


334-AMIZADE VERDADEIRA
A amizade verdadeira é aquela que não te explora
Que está sempre ao eu lado
Que te procura em cada aurora
Que te apoia mesmo que você esteja errado
Que te aceita não pelo que tens
Mas simplesmente se doa como amigo
E se preocupa se tu não vens
Que te procura e te dá abrigo
Que nas horas difíceis te dá força
Para que sua vida tenha mais esperança.
E pra fazer você feliz se esforça
Para que sua vida tenha mais esperança.
A verdadeira amizade é eterna e sincera
Contenta-se na mais pura simplicidade
Nasce, cresce, vive e prospera
Amizade verdadeira é transparente
Sabe guardar segredos
È linda, pura, eterna e decente.
Não te trata como um mero brinquedo.

António Ademir Fernandes

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

333-Imagem do Kaos

333-"Para ser sintético, o século XX português, produziu duas grandes anomalias: o salazarismo, que gerou 50 anos de atraso, e o cavaquismo, que só soube produzir duartes limas, tudo o resto são arredores.
o problema do cavaquismo, como bem saberão os apreciadores da mitologia, está para jasão e os argonautas, como o primeiro grande cancro de Portugal do séc. XX, o socratismo, está para os epígomos. jasão, lançou-se numa epopeia, no fim da qual encontrou o tosão de ouro e medeia; os epígonos, assumidamente mais frágeis, apenas encontraram cnos, bpns, fundações armandos vara, e os oráculos de vitor constâncio, com muita pedofilia pelo meio, e assim poderemos igualmente resumir a primeira década do presente século.
acontece que, em cem anos, muita coisa muda na tipologia de uma Nação. Pelo meio, tivemos uma guerra de interesses, que, entremeada com outra guerra de interesses, conduziu a uma Revolução, demasiado branda para as necessidades de uma sociedade oprimida ao ponto da explosão.
como entrou para o censo comum de todos os comentários de rua, o 25 de abrll deveria ter aprofundado, ao ponto de ter erradicado todas as metástases que nos gangrenaram o tecido europeu, mas não foi. triunfaram os brandos costumes, e a coisa voltou a entrar em derrapagem, desta em ritmo acelerado, mário soares, com todo o lastro que lhe conhecemos, foi e derradeiro político do século que compreendeu que não nos restava mais nenhuma opção senão a de enveredar pela recuperação do tempo perdido, e voltar aos tempos de glória, em que Portugal, uma das ste mais ricas nações do mundo, de então, aceitava dissolver-se na paridade de uma condigna comunhão europeia.
engano.
começou, então, o cavaquismo, uma segunda via de santa comba dão, onde, mergulhados numa chuva de fundos, direccionamos para o pontapé de arranque a que o plano marshall, tal como a guerra, nos tinha poupado, vimos, um após outro, serem destruídos os alicerces de qualquer economia: agricultura, pescas, produtos tradicionais, mineração, indústria transformadora, estaleiros navais, entre muitas coisas, foram transformados num país de alguns novos ricos, viciados em cocaína, e de muitos novos pobres, perdidos nas esquinas do "cavalo", da importação das sobras do mundo civilizado e da especulação das mafias de futebol, da construção civil, e dos bancos dirigidos por camorras enenarráveis."

332-Fernando Pessoa

332-Nunca cultives o Absoluto nem o Excesso
Nunca cultives coisas absolutas, como a castidade absoluta ou a sobriedade absoluta: a maior força de vontade é a do homem que gosta de beber e se abstém de beber muito  e não daquele que não bebe de todo. O movimento antialcoólico é um dos maiores inimigos da vontade própria e do desenvolvimento da vontade. Castrar um homem "controlará" certamente os seus impulsos sexuais. Castrar a sua alma também fará o mesmo. A dificuldade é abster-se.

Deves criar um desejo de beber e de fumar e então fumar e beber moderadamente. Graças a este método, não só desenvolverás a tua vontade decisivamente, obrigando-a a impor limites  aos teus impulsos, que é a função própria da vontade (e não a eliminação dos impulsos), mas também extrairás o maior prazer possível de beber ou de fumar, pois a Natureza concebeu as coisas de um modo tal que o maior prazer  vem depois do maior poder, a temperança, e o sinal da normalidade é este.

Fernando Pessoa, in "Reflexões Pessoais"

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

331-Alicia Keys*

331-Alicia Keys - "No One" -  Alicia Keys
é uma artista de renome internacional: pianista, produtora
musical, compositora, actriz norte-americana,
nova-iorquina, nasceu em 25 de Janeiro de 1981.


330-NATÁLIA CORREIA*

330-QUEIXA DAS ALMAS CENSURADAS
Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
E um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola.

Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma de uma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vê a nossa idade.

Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos o prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência.

Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato.
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro.

Penteiam-nos os crânios ermos
Com as cabeleiras dos avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós.

Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa história sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo.

Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Sonos vazios despovoados
De personagens do assombro.

Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco.
Dão-nos um pente e um espelho
Para pentearmos um macaco.

Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que procura.

Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante.

Dão-nos um nome e um jornal, 
Um avião e um vioiino.
Mas não dão o animal
Que espeta os cornos no destino.

Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte.
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida nem a morte

Natália Corrreia
Poesia Completa
Publicações Dom Quixote



domingo, 15 de janeiro de 2012

329-ANDRE RIEU*

              329-Andre Rieu
Não Chores por Mim Argentina
           New York City
















"MADONA"  NO FILME "EVITA"
    de 1996 e a famosa canção
    Don`t Cry for Me Argentina















328-ESQUERDA - DIREITA

328-A ESQUERDA DEIXOU DE SER ESQUERDA

A direita nunca deixou de ser direita, mas a esquerda deixou de ser esquerda. A explicação pode parecer simplista, mas é a única que contempla todos os aspectos da questão. Para serem participantes mais ou menos tolerados nos jogos do poder, os partidos de esquerda correram todos para o centro, onde, infalivelmente, se encontraram com uma direita política e económica já instalada que não tinha necessidade de se camuflar de centro. Entrou-se, então, na farsa carnavalesca de denominações caricaturais com as do centro-esquerda ou centro-direita. Assim está Portugal, a Itália, a Europa.

José Saramago, in ´La República (2007´

327-CRÓNICAS DE JORNAL - "O camarada corajoso ou talvez não!"

327-"É uma daquelas histórias bonitas - até certo ponto, porém -, boa de contar mesmo quando é antiga. Estranhamente, o jornal popular inglês Dailly Mail chamou-lhe "Talvez o mais terrível acto de generosidade da História." Outros jornais europeus pegaram no assunto e as caixas de comentários têm fervilhado. Vamos à história. Num dia de Janeiro de 1894, em Passau, cidade da Baixa Babiera, uma criança de quatro anos caiu ao gelado rio Inn e estava a afogar-se quando um rapaz o salvou. Por esses dias, um jornal local, o Donauzeitung-Danube - Passau é a "cidade dos rios," juntam-se lá o Inn, o llz e o Danúbio -, narrou o acto abnegado, não dando nome aos intervenientes mas, porque a sua linha editorial era de esquerda, chamou "camarada corajoso" ao salvador. Este, Johaan Kuehberger, tornou-se padre e, muitas décadas depois, passou a paróquia ao padre Tremmel na década de 80 e revelou que o seu antecessor lhe dera a identidade do rapazito salvo. Uma escritora, Anna Elisabeth Rosmus, em 2004, contou o episódio num livro sobre Passau. E, agora, com a descoberta da notícia original do Donauzeitung-Danube, dando credebilidade ao que se contava sobre o antigo salvamento, os jornais de todo o mundo puseram-se a contar a história. Daí ter-se aberto a discussão: não valia mais que o futuro padre Kuehberger não tivesse salvo o pequenito Adolfo Hitler?"

sábado, 14 de janeiro de 2012

326-Albert Einstein

  • 326-"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta".
  • "Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos".
  • "Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior."
  • "O nacionalismo é uma doença infantil; é o sarampo da humanidade."
                                                            Albert Einstein

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

325-VERGÍLIO FERREIRA

325-A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER
Eis que ao despedir-vos, esse teu amigo te diz que ele não é esse teu amigo mas sim um irmão gémeo. Imediatamente uma alteração profunda se instalou nas vossas relações. Mas se te perguntares em quê , não é fácil responderes. Naturalmente dirias que esse teu amigo não era ele, mas era outra pessoa. Mas outra em quê? O corpo é igual nos mínimos pormenores, igual a face e os gestos e a voz e os olhos. Iguais as ideias, os sentimentos, as recordações, o todo integral da sua vida e do que ele é. Se percorreres todos os pormenores, encontrá-los-ás em hipótese absolutamente iguais. Começa onde quiseres, examina cada minúcia que constitui o teu amigo, progride até ao mais extremo limite e verificarás que nada escapa a uma integral igualdade. Mas se isto é assim, deveria ser-te indiferente seres amigo deste como eras amigo do outro. Pois se uma pessoa é aquilo que ela nos é, se uma pessoa é aquilo que a manifesta, se aquilo nos define é aquilo que somos e se esse alguém que encontrámos em nada difere, em hipótese, do alguém que esperávamos encontrar, nenhuma razão havia para que as relações com ele se pertubassem. Mas elas perturbam-se, porque esse alguém não é o outro. Em que, porém, é o outro?

E eis que levanta agora flagrante essa coisa obscura que determina o «tu» de alguém. Não é nada. E é tudo. Porque toda a sua pessoa está naquilo que diz - e no entanto não está. Toda a sua pessoa se revela no que  vem à superfície ou aí se anuncia, e no entanto alguma coisa ficou ainda atrás, indizível e inacessível, fugidia e flagrante - início puro e categórico, intocável e nula realidade, e no entanto fulgurante e categórica realidade. Está aí e não se vê, assinala uma irredutibilidade e todavia personifica-se em tudo o que a manifesta. É cognoscível  e furta-se, é inegável e não podemos apreendê-la. Mas é uma indizibilidade, essa coisa nenhuma, esse quid real , que marca e determina a verdade de se ser uma pessoa e não outra.

Vergílio Ferreira, in "!nvocação ao Meu  Corpo"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

324-Andre Rieu*

324-Andre Rieu - Violinista e director de Orquestra holandês
 concerto muito especial no Royal Albert Hall em Londres.
                    Hava Nagila











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           Em Zorba, O grego

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

323-PORTUGAL


            PORTUGAL:
  • 323-"A pátria onde Camões morreu de fome e onde todos enchem a barriga de Camões"
  • "Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar".   (Júlio César) *
  • "Somos um país pequeno, com problemas sérios, e não podemos aderir a frentes débeis, só com o fim de proclamar que - brincamos às democracias."
  • "Somos um país grande, não somos um país pequeno. Comandamos intereses muitas vezes importantes, e isto no mundo. Nós continuamos aferrados à ideia de que somos pequenos, flamamos em pequeno. Há que fazer tudo em grande. Mas somos para aí uns pobres e parecemos não ter envergadura para isso."
  • "Os fados amocem o carácter português, esvaziam as almas das suas energias e incitam à inacção.".
  • "Pesa-nos a autoridade, atrofia-nos a disciplina, seduz-nos o hiper-criticismo por motivos fúteis parece-nos salutar entretenimento descartar homens e destruir governos."
  • O português é eivado de individualismo e toda a regulamentação da sua actividade privada lhe é modesta. Penso que tem de refazer neste ponto a sua educação e que o seu modo de ser não se ajusta às necessidades dos tempos."
  • Os homens mudam pouco e então os portugueses  quase nada."
  • "Infeliz povo se, confundindo promessas vãs com realidades, vier a convencer-se um dia de que o trabalho é sinal de servidão e a desordem atmosfera saudável de vida."
  • O povo português e, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo."
* O Júlio César tinha razão:  o Viriato dava-lhes cabo dos cornitos à  
                                                  pedrada. 

322-Ary dos Santos

322-RETRATO DO POVO DE LISBOA
É da torre mais alta do meu pranto
que eu canto este meu sangue este meu povo,
Dessa torre maior em que apenas sou grande
por me cantar de novo.

Cantar como quem despe a ganga da tristeza
e põe a nu a espádua da saudade
chama que nasce e cresce e morre acesa
em plena liberdade.

É da voz do meu povo uma criança
seminua nas docas de Lisboa
que eu ganho a minha voz
caldo verde sem esperança
laranja de humildade
amarga lança
até que a voz me doa.

Mas nunca me dói só quem a cantar magoa
dói-me o Tejo vazio dói-me a miséria
apunhalada na garganta.
Dói-me o sangue vencido a nódoa negra
punhada no meu canto.

Ary dos Santos, in "Fotosgrafias"

321-ANTÓNIO ALEIXO



321-Ao ver um garotito esfarrapado
Brincando numa rua da cidade,
Senti a nostalgia do passado,
Pensando que já  fui daquela idade.

II

Que feliz eu era então e que alegria...
Que loucura a brincar, santo delírio!...
Embora fosse mártir, não sabia
Que o mundo criava p´ra o martírio!

III

Já quando um homenzinho, é que senti
O dilema terrível que me impõs
A torpe sociedade onde nasci:
 - De ser vítima humilde ou ser algoz...

IV

E agora é o acaso quem guia,
Sem esperança, sem um fim, sem uma fé,
Sou tudo: mas não sou o que seria
Se o mundo fosse bom - como não é!

V

Tuberculoso!... Mas que triste sorte!
Podia suicidar-me, mas não quero
Que o mundo diga que me desespero
E que me mato por ter medo à morte...

António Aleixo in "Este Livro que Vos Deixo..."

domingo, 8 de janeiro de 2012

320-Ray Conniff*

320-Ray Conniff - Aguarela do Brasil   (de Ary Barroso)  VOB



319-ANDRE RIEU*

319-Andre Rieu em memórias de Nova Iorque

318-PENSAMENTOS


  • 318-Não é possível ser bom pela metade. 
  • A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.
  • A condição essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho.
  • Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como aqueles supostamente livres  - como a Inglaterra, a América a França e outros - as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles  que detêm o poder.
  • O mal não pode vencer o mal. Só o bem pode fazê-lo.
  • Os que se chamam grandes homens são etiquetas que dão o seu nome aos acontecimentos históricos; e assim como as etiquetas, não têm relação com esses acontecimentos.
  • A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.
  • O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo.
  • O dinheiro representa uma nova escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal.
  • A tristeza pura é tão impossível como a alegria pura.
  • Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.
  • Querer saber - o que parece tão difícil - se não é errado - entre tantos seres vivos que praticam a violência, ser o único ou um dos poucos não violentos, não é diferente de querer saber se seria possível ser sóbrio entre tantos embriagados, e se não seria melhor que todos começassem logo a beber.
Léon  Tolstoi  (Pensamentos)

sábado, 7 de janeiro de 2012

317--Andre Rieu - Akim Camara*

317-Esta amostra de gente tem 3 anos,
 mas é encantador. Akim Camara

316-Fernando Pessoa

316-"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto.
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

315-ANDRE RIEU*

Andre Rieu  315
Valse de Vienne











Le beau danube bleu ( o belo Danúbio Azul - que eu
acredito que em plena segunda década do século
XXI seja tudo menos azul!...)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

314-BAPTISTA-BASTOS

314-Este medo que nos consome
Entramos no novo ano sob o peso de ameaças e de abominações terríveis. O medo institucionalizou-se através do discurso oficial. É um sentimento que nos acompanha há, pelo menos, quatro séculos, com a omnipresença da Inquisição, que a República atiçou e que o salazarismo subtilizou em métodos e processos. Consoante as ocasiões, a política tem utilizado os vários medos do medo não só como intimidação mas, sobretudo, como ideologia. Há meses que nos dizem ministros e acólitos,"comentadores" estipendiados e adjacências, dos pavorosos sacrifícios, das misérias atrozes com os quais vamos ser açoitados inclementemente. É uma estratégia indigna, mas eficaz. Não há ninguém que fale em 2012 sem o reduzir a uma qualquer palavra infamante. Mas, depois, ha!, mas depois o Governo, salvador e piedoso, admirável e sábio resolverá a maldição e tudo será leite e mel.
Quiseram-nos fazer cair na pior das armadilhas: a que fundamenta na descrença, na inevitabilidade, no fatalismo e num insidioso complexo de inferioridade. Pouco valemos e o "outro" é sempre superior. As comparações com Espanha não deixam escapar nenhuma ocasião para estabelecer um paralelismo humilhante. A desmolarização passou a ser um ajustamento político, para fustigar os erros do Governo anterior. Com uma retórica deste género, têm-nos amedrontado, na tentativa de obter, posteriormente, os chamados "resultados plausíveis". Além de indigna, a estratégia é imoral, o que parece não incomodar muito o Executivo de Passos Coelhos - nem o próprio.
Que horizonte? Nenhum. O projecto do Governo é, meramente, de exercício do poder pelo poder, e não perspectiva qualquer solução de melhoria social. Como não sabem o que fazer, crivam-nos de impostos  e cercam-nos de privações. A nação esvazia-se de sentido e o País vê os seus melhores filhos proceder a uma debandada. No ano passado, 120 mil portugueses foram-se embora. Nos últimos meses, pelo menos catorze famílias entram, diariamente, em insolvência. O desemprego é transversal a toda a sociedade e a todas as faixas etárias. Os nossos velhos estão a morrer no opróbio e na vileza, sem apareceram respostas que autorizem a esperança na dignidade.
"O ano que ninguém quer", diz a RTP num estribilho no qual a espinoteante tolice dissimula a verdade dos factos. Não é o ano que condiciona as necessidades mais fortes; é a imbecilidade e a inépcia de quem cedeu a outrem a capacidade de decidir e o poder de alterar. Leio, numa gazeta semanal, que a troika quer reduzir o poder dos sindicatos. A troika quer? Que Governo é este, que permite a sua exautoração e deixa de representar aquele que o elegeram em favor de um pequeno grupo de burocratas?
Um Governo assim, negligente e servir, cujo objectivo declarado é o de nos desmoralizar  e empobrecer, serve para quê?
B.B.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

313-Meryl Streep*

313-Agora vamos apresentar uma actriz americana
 que é uma máquina de repreesentar.
Meryl Streep em Mama Mia, nas belas ilhas gregas

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

312-MOON RIVER*

312-Em 1961 foi estreado em Portugal o filme "Breafast at Tiffanys",  tendo sido traduzido em Portugal como "Boneca de Luxo" e no Brasil "Bonequita de Luxo". Trata-se de uma comédia romântica interpretada pela inesquecível Audrey Hepburn. Este filme foi galardoado com o Óscar para a melhor canção "Moon River" do  compositor Henry Mancini e cantada por toda a gente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

311-JACKIE EVANCHO*

311-"JACKIE EVANCHO": 10   anos,  em Ave Maria  de  SCHUBERT, o compositor devia ficar contente.


310-Andre Rieu*

310-Gosto disto:
Il Silenzio, por esta jovemzinha

309-BALTASAR GRACIÁN,CESAR PAVESE,EPICTETO, SAINT-EXUPÉRY

309-O CAMINHO PARA SE TORNAR UM HOMEM DE VALOR
O caminho para se tornar um homem de valor passa por saber rodear-se. É muito eficaz  o trato humano;  comunicam-se os costumes e os gostos, nele se transmite o génio e também o engenho, sem sentir. Por isso, procure o ágil juntar-se ao comedido, e assim os demais génios; com isso conseguirá a temperança sem constrangimento. É de grande destreza saber temperar-se. A alternância de contrários aformoseia o universo e o sustenta, e, se causa harmonia no que é natural, maior ainda do que é moral. Valha-se dessa sagaz advertência na escolha de amigos e de fâmulos, pois com a comunicação dos extremos se há-de ajustar um meio razoável.

Baltasar Gracián y Morales, in "A Arte da Prudência"

DESARMAR E ESGOTAR O SOFRIMENTO
A literatura é uma defesa contra as ofensas da vida. A primeira diz à segunda: «não me levas à certa; sei como que comportas, sigo-te e prevejo-te, gozo até ao verte agir, e  roube-te o segredo  ao recriar-te em hábeis construções que travam o teu fluxo.» À parte este jogo, a outra defesa contra as coisas é o silêncio em que nos recolhemos antes de dar o salto. Mas é preciso que sejamos n´s a escolhe-lo, e não deixar que no-lo imponham. Nem mesmo a morte. Escolhermos um mal  é a única defesa contra esse mal. Isto significa  aceitar o sofrimento. Não resignação, mas força. Digerir o mal de uma só vez. Têm vantagem os que, por índole, sabem sofrer de um modo impetuoso o total: assim se desarma o sofrimento e o transformamos em criação, escolha, resignação. Justificação do suicídio.
Aqui não há lugar para a Caridade. Ou não será talvez a verdadeira caridade esta projecção violenta de si próprio?

Cesar Pavese, in "O Ofício de Viver"

A OPINÃO DISTORCE A REALIDADE
O que perturba os homens não as coisas, e sim as opiniões que eles têm em relação às coisas. A morte, por exemplo, nada tem de terrível, senão te-lo-ia parecido assim a Sócrates. Mas a opinião que reina em relação à morte, eis o que faz parecer terrrível a nossos olhos. Por conseguinte, quando estivermos embaraçados, perturbados ou penalizados, não o atribuamos a outrem, mas a nós próprios, isto é, às nossas próprias opiniões.

Epicteto, in "Manual"

É PRECISO RESTAURAR O HOMEM
minha civilização repousa sobre o culto do Homem através dos indivíduos. Teve o desígnio, durante séculos, de mostrar o Homem, assim como ensinou a distinguir uma catedral através das pedras. Pregou esse Homem que dominava o indivíduo... Porque o homem da minha civilização não se define através dos homens. São os homens que se definem através dele. Há nele, como em todo o Ser, qualquer coisa que os materiais que o compõem não explicam. Uma catedral é uma coisa muito diferente de uma soma de pedras. É geometria e arquitectura. Não são as pedras que a definem, é ela que enriquece as pedras com o seu próprio significado. Essas pedras ficam enobrecidas por serem pedras de uma catedral. As pedras mais diversas servem a unidade. A catedral as absorve, até às gárgulas mais horrendas, no seu cântico.
Mas, pouco a pouco, esqueci a minha verdade. Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave  da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória.

Antoine de Saint-Exuppéry-"Piloto de Guerra"