530-Da arte de mamar
"Tamanhos são os vícios do clientelismo na sociedade portuguesa, que o Primeiro-Ministro, Passos Coelho, não se coíbiu de afirmar (e citamos o Diário de Notícias): “Não é nenhum crime ser militante de um partido”. A frase vale toda uma filosofia da acção política. E, sabida a procissão de devotos atrelados ao carro triunfal do poder, na mira de um lugarzito, de uma boleia para governar a vidinha, imaginamos a legião de candidatos (tantos autarcas que não se podem recandidatar) com o dedo na boca, a chuchar. Já fizemos 600 nomeações em seis meses… A maioria não dá para todos, tenham paciência!
Não é novidade para ninguém que os aparelhos dos partidos tomaram conta do estado e a nomeações, para cargos públicos, obedecer a critérios meramente partidários. Tantas vezes foi o facto trazido ao domínio público, que já não causa espanto ou quase admiração, Não temos a ingenuidade de pensar que o sistema será modificado. Pelo contrário. Denunciadas as escandalosas nomeações para as Águas de Portugal e EDP, tudo ficou na mesma. Neste país, os interesses partidários têm sempre mais força do que as públicas virtudes. Somos um país porreirinho!"
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