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MENINO POVO
O meu Menino Povo de olhos resplandecentes
mora
na choça negra de terra e colmo,
a meio da floresta,
entre a fome
e a noite.
E sua mãe pobre
nada mais tem para lhe dar
que dois grandes seios.
Agora
o piar das aves agoirentas enche a noite
e o menino treme
de pavor.
Lá fora uivam as alcateias
e a florest range diabólicamente.
Parece que a noite
será sempre noite...
Ai se assim fosse!
Mas eu que venho de longe
e sou a clara esperança
trago comigo o canto das calhandras
na alvorada,
e juro ao Menino Povo de olhos resplandecentes
que a manhã não tarda,
ela aí vem a caminho por todos os caminhos do mundo,
é breve Dia.
(Estrada Nova)
Papiniano Carlos
MENINO POVO
O meu Menino Povo de olhos resplandecentes
mora
na choça negra de terra e colmo,
a meio da floresta,
entre a fome
e a noite.
E sua mãe pobre
nada mais tem para lhe dar
que dois grandes seios.
Agora
o piar das aves agoirentas enche a noite
e o menino treme
de pavor.
Lá fora uivam as alcateias
e a florest range diabólicamente.
Parece que a noite
será sempre noite...
Ai se assim fosse!
Mas eu que venho de longe
e sou a clara esperança
trago comigo o canto das calhandras
na alvorada,
e juro ao Menino Povo de olhos resplandecentes
que a manhã não tarda,
ela aí vem a caminho por todos os caminhos do mundo,
é breve Dia.
(Estrada Nova)
Papiniano Carlos
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