sexta-feira, 14 de novembro de 2014

1550 - « BRASA» - JORGE DE AMORIM

1550

       BRASA

Não acender esta rosa.
Não, entornada, no vento.
Corola? Aroma,? Formosa
brasa comigo! Que alento,
de fúria bela, a consome?
Mas nunca a rosa: teu nome,
nunca!... E, intacto, em peso,
é levar todo o perfume
em brasa. E até au gume.
E só o coração ileso.

             (A Beleza e as Lágrimas)

JORGE DE AMORIM

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