123-Parvoíces
Daquilo que se vai sabendo, sabendo também que muito daquilo que se sabe são "bocas" para ver se pega, o empréstimo em tranches que aí vem é composto por, aproximadamente, um terço do dinheiro do FMI e o restante dos nossos amigos europeus. O FMI empresta os carcanhóes a juro razoável, os nosos amigos fazem negócio chorudo com o graveto que regateiam. O FMI gostaria de nos ver a produzir cereais, os nossos amigos gostariam que nós lhos continuassem a comprar. O FMI gostaria de nos ver a apanhar peixe, os nossos amigos gostariam que apanhássemos o plástico do mar. O FMI gostaria de se ver livre de nós, os nossos amigos querem-nos sugar o tutano.
Dos 78 mil milhões, 12 mil milhões vão para os sistémicos e mais trinta e cinco mil milhões são para garantias (números redondos, porque para o comum dos mortais, mil milhões têm significado nulo por impossibilidade de imaginar o que representam), mais uns quantos mil milhões são para pagar os juros do empréstimo. Os cidadãos pagam tributo feudal (ponto final). Entretannto continuam a chegar cartas com aumento dos plafonds de crédito ao consumo e ofertas de aquisição, em prestações, dos mais diversos néctares e prazeres.
No dia 5 vamos votar. Votar nos políticos, claro, porque os verdadeiros decisores não vão nessa cantiga.
Não é uma geração parva, mas o país inteiro.
LNT
Ontem, vi na TV, o Sr. Silva de Boliqueime, rodeado de um grupo de jovens, a incentivá-los a trabalhar como futuros agricultores. O homem que, quando da entrada de Portugal na CE, abandonou a agricultura e incentivou os pescadores a vender os seus apetrechos de pesca, vem agora a dizer o contrário.
Se vivessemos numa verdadeira democracia, com os poderes controlados pelo povo, gente desta já estaria na prisão hà muito tempo.
Mas como temos o povo que temos, e não o podemos dissolver para eleger outro, o melhor é irmos ouvir a suite Alentejana (Fandango), de Luis de Freitas Branco.
No dia 5 vamos votar. Votar nos políticos, claro, porque os verdadeiros decisores não vão nessa cantiga.
Não é uma geração parva, mas o país inteiro.
LNT
Ontem, vi na TV, o Sr. Silva de Boliqueime, rodeado de um grupo de jovens, a incentivá-los a trabalhar como futuros agricultores. O homem que, quando da entrada de Portugal na CE, abandonou a agricultura e incentivou os pescadores a vender os seus apetrechos de pesca, vem agora a dizer o contrário.
Se vivessemos numa verdadeira democracia, com os poderes controlados pelo povo, gente desta já estaria na prisão hà muito tempo.
Mas como temos o povo que temos, e não o podemos dissolver para eleger outro, o melhor é irmos ouvir a suite Alentejana (Fandango), de Luis de Freitas Branco.
Suite Alentejana (Fandango)
de Luis de Freitas Branco
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