1439
OCUPAÇÃO DO ESPAÇO
Assim te insurges, leal, frente ao silencio.
O mesmo espaço visível , ocupa-o.
Conjugações, nexos, ampo vazio,
um campo côncavo em arco
ocupa-o.
Amanhã seraá sempre hoje este momento.
Outro, pleno e vão.
Fronte aberta,
olhando lentamente,
clara, dispersa união.
Em ti mesmo dá lugar ao espaço.
Do sono calmo emerge,
branco surto da sombra em movimento,
à procura de si, de um ombro
em que pouse, contorne
e demorando-se
se propague e desvaneça na brancura.
Um olhar único pousando
dá tempo ao espaço que se curva,
bacia ou anca aberta,
precisa inundação límpida e vasta,
precipitadas, ondulantes linhas,
fulguração branca
-- praia que se prolonga.
ANTÓNIO RAMOS ROSA
OCUPAÇÃO DO ESPAÇO
Assim te insurges, leal, frente ao silencio.
O mesmo espaço visível , ocupa-o.
Conjugações, nexos, ampo vazio,
um campo côncavo em arco
ocupa-o.
Amanhã seraá sempre hoje este momento.
Outro, pleno e vão.
Fronte aberta,
olhando lentamente,
clara, dispersa união.
Em ti mesmo dá lugar ao espaço.
Do sono calmo emerge,
branco surto da sombra em movimento,
à procura de si, de um ombro
em que pouse, contorne
e demorando-se
se propague e desvaneça na brancura.
Um olhar único pousando
dá tempo ao espaço que se curva,
bacia ou anca aberta,
precisa inundação límpida e vasta,
precipitadas, ondulantes linhas,
fulguração branca
-- praia que se prolonga.
ANTÓNIO RAMOS ROSA
Sem comentários:
Enviar um comentário