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PELAS RUAS DESERTAS
PELAS RUAS DESERTAS
Pelas ruas desertas que o silêncio amortalhou em treva
Escorre líquido e viscoso um som que vem detrás das
[portas
E um cheiro a maresia humana -- é podridão de
[loucos! --
Agarra-se-me à pele com a força das raízes.
Anda qualquer coisa no ar como um brejo perdido
E no som que vem dos portais à mistura com a conversa
[das folhas sonânbulas
Um apelo surdo de alvorada aguarda a sua hora.
(Allfa e Ómega)
VASCO MIRANDA
[loucos! --
Agarra-se-me à pele com a força das raízes.
Anda qualquer coisa no ar como um brejo perdido
E no som que vem dos portais à mistura com a conversa
[das folhas sonânbulas
Um apelo surdo de alvorada aguarda a sua hora.
(Allfa e Ómega)
VASCO MIRANDA
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