sábado, 12 de dezembro de 2015

1724 - «CONTENTE NUNCA ESTOU» REINALDO FERREIRA

1714

«CONTENTE NUNCA ESTOU»

Contente nunca estou; feliz não sei
Se existe alguém ou neste mundo ou noutro mundo.
Vou para o Nada,  sou do Nada oriundo,
E entre dois Nadas  desventura é Lei

Da cobarde esperança emancipei
A previsão do meu destino imundo.
Sou consciente do mal em que me afundo,
E consciente do mal continuarei.

Nem revolta me fica, apenas pressa
De me tornar por fim parada peça
No cósmico rolar nefasto e louco.

Depois quero dormir um sono enorme...
Que para uma aflição que nunca dorme,
A Morte, temo bem que seja pouco.

REINALDO  FERREIRA






Sem comentários:

Enviar um comentário