410-De Natália Correia "Soneto de Abril"
Natália Correia
SONETO DE ABRIL
Evoé! de pâmpano os soldados
rompem do tempo em que Evoé! a terra salvé rainha descruzando os braços com seu pé de papiro pisa a fera.
Na écloga dos rostos despontados
onde dos corvos se retira a treva, de beijo em beijo as ruas são bailados mudam-se as casas para a primavera.
Evoé! o povo abre o touril
e sai o Sol perfeitamente Abril maravilha da Pátria ressurrecta.
Evoé! evoé! Tágides minhas
outras vez prateadas campainhas sois na cabeça em fogo do poeta.
(Inédito) Natália Correia
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PoemAbril Antologia de autores organizada por Carlos Loures e Manuel Simões Fora do Texto - Cooperativa Editorial de Coimbra, CRL. Coimbra, 1994 |
Natália Correia no Parque dos Poetas em Oeiras.
Evoé - interj. Expressa entusiasmo, exaltação, intensa alegria.
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