432-VAMOS DAR UM PASSEIO ATÉ À GRÉCIA ANTIGA
| DELOS - GRÉCIA ANTIGA Píndaro – Oitava Pítica |
| Para Aristomeno de Egina, vencedor na luta. |
| Serenidade, filha benévola da Justiça, |
| que engrandece a cidade, |
| tu, que tens as chaves supremas |
| dos conselhos e das guerras, |
| acolhe esta honra ao vitorioso Pítico, Aristomeno. |
| Tu sabes o momento exato de proporcionar o contentamento |
| e de, do mesmo modo, recebê-lo. |
| Tu, quando alguém introduz em teu coração |
| o amargo ressentimento, |
| vais rude contra os inimigos, |
| colocando o poder da |
| intemperança no fundo do mar. Nem Porfírio escapou, |
| à margem de seu interesse, ao te provocar. O ganho mais alto é |
| consentido se alguém o traz de casa. |
| A força, com o tempo, abate o arrogante. |
| Tifon, o Cilício de cem cabeças, não a evitou, |
| nem, na verdade, o rei dos Gigantes, domados pelo raio |
| e pelas flechas de Apolo, o qual com a mente bem disposta |
| recebeu, vindo de Cirra, o filho |
| coroado de Xenarques, com louro do Parnaso e coro Dórico. |
| Ela não é indiferente às Graças, |
| esta ilha que tange a cidade justa |
| e conheceu as famosas |
| virtudes dos Eácidas. Desde a origem tem |
| sua reputação perfeita. Aos muitos canta, |
| tendo nutrido heróis em lutas vitoriosas e na rapidez |
| eminentes nos combates. |
| Entre os homens ela também brilha. |
| Estou sem tempo de dispor |
| todo o longo falatório |
| na lira e em linguagem doce, |
| pois o tédio vindo incomoda. Que minha dívida para ti |
| venha correndo, ó rapaz, dentre as mais recentes belezas, |
| devido ao meu engenho alado. |
| Nas lutas triunfantes, no rastro de teus tios maternos, |
| não desonres Teogneto, prêmio em Olímpia, |
| nem a vitória da vigorosa musculatura de Clitômaco, no Istmo. |
| Abrilhantando a família Midílida, levas o discurso, |
| que certa vez a criança de Ecles, na Tebas de sete portas, vendo os filhos, |
| pronunciou enigmas, mantendo-se em pé, ao lado de sua lança, ESTÁDIO DE NEMEA |
| E tu, lança-dardos, que a todos acolhe | |
| governando na famosa ilha | |
| nos vales de Pito, | |
| lá concedes em dar as maiores | |
| jóias. E, em tua casa, antes, conduziste o almejado prêmio | |
| do pentatlo, com as vossas festas. | |
| Ó soberano, de bom grado suplico ao pensamento | |
| detectar alguma harmonia | |
| quando eu discorro sobre cada coisa. | |
| A Justiça está ao lado da Dança e | |
| da doce melodia. Aos deuses rogo a proteção | |
| |
| Se alguém adquire bens sem grande fadiga, | |
| a maioria cogita: parece um sábio quem, entre néscios, | |
| prover a vida com retos conselhos para maquinar. | |
| ora um lançando para cima, ora outro, sob o peso das mãos, | |
| derrubando, na medida”. Tens os prêmios em Megara | |
| e no vale em Maratona, na competição nacional de Hera, | |
| com três vitórias, ó Aristomeno, tendo vencido com este fei . |
| Caíste por cima de quatro |
| corpos, com maus pensamentos, |
| e para eles nem o retorno igualmente |
| agradável é decidido em Pito, |
| nem impele riso doce de alegria tendo voltado |
| para a mãe. Junto nos becos agachados, |
| alheios aos inimigos, feridos pela desgraça. |
| Aquele que obtém algum sucesso recente, |
| magnânimo voa a partir de sua |
| grande esperança |
| nas asas da satisfação, tendo |
| maior interesse que a riqueza. Em breve instante |
| o prazer dos mortais aumenta. E, assim, cai por terra, |
| pelo conhecimento adverso abalado. |
| Efêmeros! O que é alguém? O que não é alguém? Sonho de uma sombra: |
| o homem. Mas quando o brilho do dote divino vem, |
| a luz radiante sobrepaira nos homens e a vida se torna doce como mel. |
| Egina, mãe querida, conduz o livre curso |
| desta cidade, com Zeus, com o forte Eaco, |
| com Peleu, com o audaz Telamon, e com Aquiles. |
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