domingo, 11 de março de 2012

425-POMPEIA *

425

O ÚLTINO DIA DE POMPEIA
 Era um dia de Verão, um dia muito quente, era o dia 24 de Agosto do ano 79. Jesus Cristo já tinha sido crucificado pelos romanos havia alguns anos. O tempo passou a designar-se como DC (Depois de Cristo), a nossa era.
            Plínio (o velho) vivia junto da Baía de Nápoles, em Miseno, habitava uma casa enorme e vivia com uma irmã e um sobrinho, Plínio (o moço).
            Plínio (o velho) era um conceituado escritor romano, admirador da arte e cultura Gregas, mas era também um grande naturalista interessado por tudo e todos os fenómenos da natureza.
            Plínio está no seu Gabinete, às voltas com os seus escritos, quando a irmã o manda chamar. Plínio não gosta de ser interrompido.
    - Espero que esta interrupção se justifique.
            - Gostávamos que visses aquilo – disse a irmã.
            Plínio olha e fica deslumbrado.
            - É o monte Vesúvio!...
            - Parece que sim – respondeu o sobrinho
            - Parece um pinheiro manso – concluiu a irmã.
     Do monte Vesúvio saía uma nuvem cinzenta e negra que quando subia formava uma espécie de copa larga como um pinheiro manso.
            Além de escritor, Plínio era também o almirante da frota marinha daquela zona. Manda preparar os barcos e prepara-se para partir em direcção a Pompeia. Quer saber de perto o que é que se está a passar e pergunta ao sobrinho se quer ir.
            - Queres vir Gaio?
            - Não tio, eu fico a fazer aquilo que me pediste.
            Naquele tempo não havia em Latim um termo que designasse vulcão. Tremores de terra, havia muitos, mas vulcão era uma novidade para eles. Nem mesmo o próprio Plínio por muito erudito e culto que fosse e era, não sabia o que é que se estava a passar.
            Plínio não chegou a Pompeia. Quando recebeu as primeiras baforadas de gás venenoso vindas do Vesúvio caiu morto no sítio onde estava.
            Quando a onda piroclástica atravessa a Baía de Nápoles e se dirige para Miseno, Plínio (o moço) diz à mãe que têm que fugir e abandonar a casa.
            - Não, Gaio, só quando vier o teu tio.
            - Não, mãe, o meu tio não acredita nos deuses.
            Quando a onda está cada vez mais perto mãe e filho fogem pelos campos fora e ela exausta diz para o filho:
            - Foge, Gaio, foge…
            - Não mãe, não te deixo, tapa a boca e o nariz.
            Plínio (o moço) foi salvo e ficou para contar a história. Milhares de pompeianos morreram. Duas cidades importantes ficaram enterradas durante 1500 anos: Pompeia e Herculano.
            Faz hoje 1928 anos que isto aconteceu. Parece que foi ontem.
          Pessoas como nós, com os mesmos gostos, os mesmos interesses, as mesmas ambições, foram asfixiadas pelo Vesúvio e morreram aos milhares.
            Para todos eles, patrões ou escravos, as nossas homenagens.

            As escavações em Pompeia começaram há mais de 300 anos e o que os arqueólogos descobriram maravilhou o mundo. As escavações continuam nos nossos dias e ainda há muita coisa para ser vista.







































Jardim dos fujitivos
e os moldes dos corpos
preservados pelas 
cinzas.





              

 RUINAS DE POMPEIA HOJE PATRIMONIO DA UNESCO, EM SEGUNDO PLANO, O MONTE VESUVIO

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