1406
«VEM COMPANHEIRA...»
Vem companheira há tanto desejada
nas fundas noites deste cativeiro
A vida é brasa e o mundo inteiro
é ave de asa calcinada
Vem que te espera em cada prisioneiro
a sequiosa força concentrada
Séculos de dor e sede recalcada
-- um estigma falso de outro verdadeiro
Haverá festa quando tu chegares
amor músicas danças e cantares
o voo largo pleno descoberto
Por cada gota de água que trouxeres
os jovens te darão se tu vieres
o sangue do seu braço enfim liberto
JOÃO APOLINÁRIO
«VEM COMPANHEIRA...»
Vem companheira há tanto desejada
nas fundas noites deste cativeiro
A vida é brasa e o mundo inteiro
é ave de asa calcinada
Vem que te espera em cada prisioneiro
a sequiosa força concentrada
Séculos de dor e sede recalcada
-- um estigma falso de outro verdadeiro
Haverá festa quando tu chegares
amor músicas danças e cantares
o voo largo pleno descoberto
Por cada gota de água que trouxeres
os jovens te darão se tu vieres
o sangue do seu braço enfim liberto
JOÃO APOLINÁRIO
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