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PEQUENA METÁFORA DA ARANHA E DA MOSCA
Invisíveis fios de oiro à luz do sol sem vento
a solitária aranha preparou.
Como que dorme, agora. Aguarda o alimento:
um pequenino insecto desatento,
um impensado voo.
A mosca vem, Zumbe no ar. Esvoaça.
desprevenida, rápida, contente.
A solitária aranha sente a caça:
comprime-se no canto. E a mosca passa
mesmo ao lado da morte, velozmente.
Regressa, logo a após. Mergulha. Evita
uma vez mais a morte certa. A teia
treme. A aranha freme. A morte grita.
A mosca - essa - permanece alheia.
Ziguezagueia, impávida, Descreve
três círculos concêntricos no espaço.
ANTÓNIO LUÍS MOITA
PEQUENA METÁFORA DA ARANHA E DA MOSCA
Invisíveis fios de oiro à luz do sol sem vento
a solitária aranha preparou.
Como que dorme, agora. Aguarda o alimento:
um pequenino insecto desatento,
um impensado voo.
A mosca vem, Zumbe no ar. Esvoaça.
desprevenida, rápida, contente.
A solitária aranha sente a caça:
comprime-se no canto. E a mosca passa
mesmo ao lado da morte, velozmente.
Regressa, logo a após. Mergulha. Evita
uma vez mais a morte certa. A teia
treme. A aranha freme. A morte grita.
A mosca - essa - permanece alheia.
Ziguezagueia, impávida, Descreve
três círculos concêntricos no espaço.
ANTÓNIO LUÍS MOITA
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