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CONVERSO COM A MORTE
Converso com a morte que me diz
que não existe e que os humanos olhos
só vêem quando cegos.
(Pudesse eu
accreditá-la como ao sol que vejo
entre nuvens e anos! Soubesse eu
desfiá-la nos dedos como à tua
transitória presença!)
Sim, converso
com a morte certeira que me rasga
diàriamente um nada e me antevê
lapiadado, redondo, cristalino,
como antes de nascer desenganado.
ANTÓNIO LUIS MOITA
CONVERSO COM A MORTE
Converso com a morte que me diz
que não existe e que os humanos olhos
só vêem quando cegos.
(Pudesse eu
accreditá-la como ao sol que vejo
entre nuvens e anos! Soubesse eu
desfiá-la nos dedos como à tua
transitória presença!)
Sim, converso
com a morte certeira que me rasga
diàriamente um nada e me antevê
lapiadado, redondo, cristalino,
como antes de nascer desenganado.
ANTÓNIO LUIS MOITA
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