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SABEDORIA
Aprende a estar só, e a dizer
Adeus às coisas que se afastam.
Deixa-as ir, supérfluas... Recolhe-te
À pobreza das coisas que te bastam.
Não te apegues à névoa dispensável
Nem ao cómodo torpor do que te é dado.
Mas canta, como um rio que não sabe
Se canta para si ou é escutado...
Estende à beira-nada o teu poema,
Vai cantando sòzinho o que é verdade,
E deixa-te invadir pela bondade
-- A sabedoria íntima e suprema.
João Maia
SABEDORIA
Aprende a estar só, e a dizer
Adeus às coisas que se afastam.
Deixa-as ir, supérfluas... Recolhe-te
À pobreza das coisas que te bastam.
Não te apegues à névoa dispensável
Nem ao cómodo torpor do que te é dado.
Mas canta, como um rio que não sabe
Se canta para si ou é escutado...
Estende à beira-nada o teu poema,
Vai cantando sòzinho o que é verdade,
E deixa-te invadir pela bondade
-- A sabedoria íntima e suprema.
João Maia
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