1382
ELEGIA
Foi em Setembro, em pleno odor do mosto:
Trouxeram a toalha d´alvo linho
Que lhe enxugou e desenhou o rosto,
Não em sangue, mas em vinho.
Deu-lhe o lagar o derradeiro leito
(Perto, calou-se a voz duma guitarra!)
E vieran lançar, sobre o seu roxo peito,
Quatro folhas de parra.
Ébria, a terra enlaçou seu corpo moço e frio
(Tombabam bagos d´uva sobre a cova!).
Mais tarde, maternal (vinha a chegar o Estio),
O devolveu ao sol, numa videira nova.
António Manuel Couto Viana
ELEGIA
Foi em Setembro, em pleno odor do mosto:
Trouxeram a toalha d´alvo linho
Que lhe enxugou e desenhou o rosto,
Não em sangue, mas em vinho.
Deu-lhe o lagar o derradeiro leito
(Perto, calou-se a voz duma guitarra!)
E vieran lançar, sobre o seu roxo peito,
Quatro folhas de parra.
Ébria, a terra enlaçou seu corpo moço e frio
(Tombabam bagos d´uva sobre a cova!).
Mais tarde, maternal (vinha a chegar o Estio),
O devolveu ao sol, numa videira nova.
António Manuel Couto Viana
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