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«IGLOTO DEO»
Que beleza mortal se te assemelha,
Ó sonhada visão desta alma ardente,
Que reflectes em mim o teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o Sol se espelha ?
O mundo é grande -- e esta ânsia me aconselha
A buscar-te na Terra: e eu pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
Mas a ara só lhe encontro ... nua e velha ...
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui ? olhar de piedade.
Gota de mel em taça de venenos ...
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no Céu no menos !
ANTERO DE QUENTAL
«IGLOTO DEO»
Que beleza mortal se te assemelha,
Ó sonhada visão desta alma ardente,
Que reflectes em mim o teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o Sol se espelha ?
O mundo é grande -- e esta ânsia me aconselha
A buscar-te na Terra: e eu pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
Mas a ara só lhe encontro ... nua e velha ...
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui ? olhar de piedade.
Gota de mel em taça de venenos ...
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no Céu no menos !
ANTERO DE QUENTAL
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