1345
JETHESENANI
Por esta noite de céu baço e sem luar
a alma das coisas é viuva e taciturna.
Nada na opressiva estagnação nocturna
um sofrimento esparso, um avulso pesar...
Que profunfa tristeza o Imóvel acontece
sob este céu de chumbo! Eu sinto suspirar
e julgo houvir-lhe a voz dorida murmurar;
«Minh`alma está desamparada no Olivete!»
Deserto todo o burgo. Eu divago através
de quelhas negras, duma tétrida mudez
sob o agoiro dos céus cinzentos e pesados,
a alma afogada da maré da desesp´rança
anónima, que inunda a noite bruna e mansa
e me oprime como os sinos a finados...
(...almas cativas)
Roberto de Mesquita
JETHESENANI
Por esta noite de céu baço e sem luar
a alma das coisas é viuva e taciturna.
Nada na opressiva estagnação nocturna
um sofrimento esparso, um avulso pesar...
Que profunfa tristeza o Imóvel acontece
sob este céu de chumbo! Eu sinto suspirar
e julgo houvir-lhe a voz dorida murmurar;
«Minh`alma está desamparada no Olivete!»
Deserto todo o burgo. Eu divago através
de quelhas negras, duma tétrida mudez
sob o agoiro dos céus cinzentos e pesados,
a alma afogada da maré da desesp´rança
anónima, que inunda a noite bruna e mansa
e me oprime como os sinos a finados...
(...almas cativas)
Roberto de Mesquita
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