sexta-feira, 4 de novembro de 2011

253-SÉNECA

253-A Justiça em Estado Puro Quero que me  ensinem também o valor sagrado da justiça - Da justiça que apenas tem em vista o bem dos outros, e para a mesma nada reclama senão o direito de ser posta em prática. A justiça nada tem a ver com a ambição ou a cobiça da fama, apenas pretende merecer aos próprios olhos. Acima de tudo, cada um de nós deve convencer-se de que por esta inestimável virtude devemos estar prontos a arriscar a vida, abstendo-nos o mais  possível de quaisquer considerações  de comodidade pessoal. Não há que pensar qual virá a ser o prémio de um acto justo; o maior prémio está no facto de ele ser praticado. Mas também na tua ideia aquilo que há pouco te dizia: não intessa para nada saber quantas pessoas estão a par do teu espírito de justiça. Fazer publicidade da nossa virtude significa que nos preocupamos com a fama, e não com a virtude em si. Não queres ser justo sem gozares da fama de o seres? Pois fica sabenbo: muitas vezes não poderás ser justo sem que façam mau juízo de ti! Em tal circunstância, se te comportares como sábio, até sentirás prazer em ser mal julgado por uma causa nobre!

Séneca in `Cartas a Lucílio`

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